Organizado pela fundação do artista, o certame está integrado na Bienal de Arquitetura de Veneza. De acordo com o comunicado divulgado na passada segunda-feira pela Fundação Nadir Afonso, a primeira parte da exposição é composta por obras da fase surrealista, associada aos anos 40, seguindo-se a fase geométrica e o período barroco, ligados à década seguinte, período em que o artista exercia arquitetura.
Contudo, a principal atração da mostra é um conjunto de trabalhos contemporâneos do pintor. Estas obras mais recentes caraterizam-se por uma reinterpretação do tema da cidade e pela visão cromática de Nadir Afonso.
A escolha da fase contemporânea como núcleo primordial do certame prende-se com o facto de serem estas as pinturas “que revelam a força e a determinação do artista em prosseguir uma investigação pessoal sobre uma nova linguagem metafísica”.
Entre as obras expostas destacam-se três que prestam tributo à cidade italiana que acolhe o certame: Le Grand Canal II, de 1957, apresenta um jogo de formas que evoca o horizonte de Veneza; Campos de San Zinapolo, de 1965, desenvolve o perfil da arquitetura característica da metrópole, através das cores azul e preto; Procissão em Veneza, de 2002, exibe a Praça de São Marcos com “um jogo de vorticismo cromático”, pode ler-se no comunicado.
Esta exposição segue outras mostras realizadas em várias cidades, nomeadamente Roma, tal como já tinha sido noticiado pelo Boas Notícias. A ação insere-se num conjunto de iniciativas da Fundação Nadir Afonso, cujo objetivo é comemorar os 90 anos do artista natural de Chaves, Vila Real.
Clique AQUI para aceder à página de Nadir Afonso.