"Os cães não são apenas os melhores amigos dos homens. Também são os melhores amigos das mulheres. Quem precisa de diamantes?". São estas as palavras que marcam o discurso de Sharon Rawlinson, a quem a cadela ajudou a diagnosticar um cancro.
“Os cães não são apenas os melhores amigos dos homens. Também são os melhores amigos das mulheres. Quem precisa de diamantes?”. São estas as palavras que marcam o discurso de Sharon Rawlinson, uma britânica de 43 anos, depois de a seu companheira de quatro patas ter contribuído decisivamente para salvar a sua vida ao ajudá-la a detetar um cancro na mama.
A mulher decidiu ir ao médico após, durante vários meses, a sua cadela Penny “farejar” e tocar constantemente na área onde o tumor agressivo estava a desenvolver-se. “Ela encostava suavemente as patas ao meu peito como se estivesse a tentar arrancar de lá alguma coisa, mas eu ignorei”, contou ao jornal Daily Mail.
Embora a sua mãe tivesse falecido com cancro da mama há nove anos, Sharon Rawlinson nunca imaginou que essa pudesse ser a causa do comportamento do animal. Ainda assim, em Janeiro deste ano, ganhou coragem e marcou uma consulta. A decisão acabou por lhe trazer a pior notícia: o diagnóstico de cancro, ao qual se seguiu o início da quimioterapia.
Segundo a britânica, depois de começar o processo de tratamento, Penny nunca mais voltou a comportar-se da mesma forma. Atualmente, Sharon Rawlinson, que está a ser tratada no Nottingham Breast Institute, no Reino Unido, está a recuperar após a remoção do tumor.
“A Penny é o meu anjo da guarda”, diz Sharon
“Os próximos meses vão ser uma montanha-russa de emoções, mas com o amor e apoio da minha família e amigos vou conseguir superar a doença”, assegurou, mostrando-se otimista quanto ao futuro e, claro, mencionando também a importância da companhia de Penny.
“Ela é o meu anjo da guarda. Temos uma ligação desde que ela era ainda bebé, mas isto é extraordinário. Sinto que ela foi enviada para me ajudar e nunca me abandona. Se não fosse a sua persistência, não teria feito um check-up”, admitiu Sharon Rawlinson.
Ainda assim, a mulher, mãe de dois filhos, frisa que essa atitude “é errada” e encoraja “todos os que desconfiarem de que algo não está bem a consultar imediatamente um médico” para pôr fim a possíveis dúvidas.
De realçar que, o ano passado, um grupo de investigadores alemães descobriu que os cães treinados conseguem detetar tumores em cerca de 71% dos pacientes. Tal capacidade deve-se ao facto de produzirem químicos que estes animais – que têm um olfato 100.000 vezes melhor que o dos humanos – conseguem notar.
Porém, há poucos casos semelhantes ao de Sharon Rawlison, em que seja um animal doméstico não treinado a fazer esta “deteção”.