A primeira Academia das Letras de Trás-os-Montes foi oficialmente criada no passado sábado, dia 12 de junho, em Bragança. A autarquia bragançana mobilizou a iniciativa para divulgar obras literárias de escritores transmontanos ou outras que foquem te
A primeira Academia das Letras de Trás-os-Montes foi oficialmente criada no passado sábado, dia 12 de junho, em Bragança. A autarquia bragançana mobilizou a iniciativa para divulgar obras literárias de escritores transmontanos ou outras que foquem temáticas da região, o seu povo ou património.A academia irá apoiar a execução e organização do lançamento de obras literárias e apostar na promoção do património literário de Trás-os-Montes, tendo ainda uma finalidade maior: a constituição de um Centro de Documentação que integre informações sobre os trabalhos de autores, a realidade, gentes e património da região.
Adriano Moreira, político e académico, é um dos fundadores deste projeto que acredita ser uma ferramenta preciosa para a preservação da identidade transmontana: “O que está em crise na Europa e em Portugal é o Estado e não a identidade. E são as identidades que precisam de ser defendidas porque são a pedra de base para a reorganização que precisamos”, referiu no discurso apresentado na sessão oficial de criação da Academia.
A comissão instaladora da Academia das Letras de Trás-os-Montes é presidida por Amadeu Ferreira, dirigente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e defensor da língua mirandesa desde há muito.
Segundo o próprio, citado pelo jornal Público, importa à Academia agora criada “reunir homens e mulheres de letras de Trás-os-Montes, no sentido de se darem a conhecer, de resgatar a memória de tantos escritores e homens de letras e dá-los a conhecer, incentivar a produção literária sobre a temática transmontana, o nosso património imaterial e identidade”.