“Vieram dentro de uma caixa construída de propósito, com várias divisórias de forma a permitir agrupamentos de cinco a seis animais, e com relva artificial e palha para se sentirem confortáveis”, contou ao PÚBLICO Rita Sanches, técnica do centro, gerido pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN).
Com idades entre os 18 21 dias de idade, os francelhos, uma espécie de falcão, fizeram uma viagem de hora e meia desde Badajoz.
Depois da respetiva anilhagem foram colocadas num ninho instalado por cima do edifício do Centro de Acolhimento e Recuperação de Animais Silvestres (CARAS), perto de onde estão 27 francelhos irrecuperáveis que sofreram quedas e ficaram feridos.
Segundo a mesma responsável, estas aves vão representar uma colónia de referência para as crias. “As aves que já não podem ser devolvidas à natureza proporcionam um ambiente de colónia. Aquilo que pretendemos é adaptar estas crias ao local e fazer com que aprendam a caçar.”
A 15 de Junho chegarão ao CARAS mais outras tantas crias, no âmbito do projeto Conservação e Restabelecimento do Francelho na região de Évora.
Este ano nasceram no CARAS, pelo menos, três crias. Segundo Rita Sanches, “existem alguns ovos nos outros ninhos mas ainda não conseguimos contá-los”, explicou.