A partir de hoje e nos próximos 20 dias, três navios e cerca de 70 investigadores portugueses e estrangeiros participam na maior expedição oceanográfica portuguesa, a decorrer nas Ilhas Selvagens do arquipélago da Madeira. O objetivo é elaborar um ex
A partir de hoje e nos próximos 20 dias, três navios e cerca de 70 investigadores portugueses e estrangeiros participam na maior expedição oceanográfica portuguesa, a decorrer nas Ilhas Selvagens do arquipélago da Madeira. O objetivo é elaborar um exaustivo inventário da vida marinha daquela região.“As ilhas Selvagens são muito conhecidas e estudadas a nível terrestre, mas a sua parte marinha ainda é desconhecida”, referiu o diretor do Parque Natural da Madeira, Paulo Oliveira, à agência Lusa.
Por isso, os navios Almirante Gago Coutinho, Creoula e Vera Cruz, juntamente com o robô submarino Luso, vão estar ao serviço dos investigadores que pretendem inventariar a fauna, flora e os habitats marinhos existentes entre os dois mil metros de profundidade e os 70 metros acima do nível do mar, a altitude da Selvagem Grande.
A expedição está a ser mobilizada pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), grupo técnico-científico do Ministério da Defesa Nacional e nela integra-se ainda o programa Professores a Bordo.
Duas professoras de Biologia e de Geologia do ensino secundário e outras duas destacadas nos centros Ciência Viva de Estremoz e Lagos participam numa campanha oceanográfica, com o intuito de mais tarde transmitirem tudo aos respetivos alunos.
O secretário regional do Ambiente da Madeira, Manuel António Correia, citado pela Lusa, considera que esta expedição poderá servir para consolidar a candidatura das ilhas Selvagens a património mundial da UNESCO, que nesse caso tornar-se-ia no “segundo espaço de património mundial natural, em Portugal, localizado na Madeira”.