Cultura

Vestígios de dinastias Ming e Qing em Macau

Uma equipa de arqueólogos chineses anunciou ter descoberto um troço da antiga muralha da cidade de Macau, junto às ruínas de São Paulo (na foto). Segundo os mesmos, estes vestígios datam da dinastia Ming (1368-1644), ao passo que as restantes relíqui
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Um equipa de arqueólogos chineses anunciou ter descoberto um troço da antiga muralha da cidade de Macau, junto às ruínas de São Paulo (na foto). Segundo os mesmos, estes vestígios datam da dinastia Ming (1368-1644), ao passo que as restantes relíquias encontradas no local devem pertencer à dinastia Qing (1644-1912).

Depois da demolição de dois edifícios da Administração macaense, a equipa do Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais iniciou as escavações no passado mês de abril. Daí resultou a descoberta de um troço da muralha com 1,5 metros de comprimento, 2,5 metros de altura e uma espessura de 1,27 metros.

“Trata-se de uma estrutura com um alinhamento de, pelo menos, cinco blocos de pedra e diversas camadas de uma mistura de solo de cor clara, formando um emparelhamento sucessivo, finalizado com tijolos cinzentos chineses”, explicam os especialistas em comunicado, acrescentando que “tendo-se efetuado um estudo comparativo com base em mapas antigos de 1760, 1886 e 1912 verificou-se que esses documentos ilustram precisamente esta antiga muralha da cidade”.

No entanto, resta apurar qual a real função desta muralha, desconhecendo-se se integrava o sistema defensivo da cidade ou se é apenas um segmento pertencente ao antigo Colégio de S. Paulo.

Além disso, os arqueólogos descobriram ainda um conjunto de relíquias que julgam ser da dinastia Qing e onde se incluem objetos de cerâmica, ladrilhos, telhas, conchas e balas de canhão em pedra.

Citado pela agência Lusa, o Executivo de Macau afirma que “a zona das Ruínas de S. Paulo é o eixo central do centro histórico de Macau e também o centro da indústria cultural e do turismo, pelo que terá um papel difusor e catalítico na economia de toda a região”. Por isso, foi já anunciada a continuação das escavações arqueológicas no seguimento da demolição de outros dois edifícios na zona.

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