Os genes mautsalém estão presentes em 10% dos jovens e em 30% dos indivíduos cuja idade já ultrapassa os cem anos. A descoberta foi realizada por cientistas da Universidade de Leiden, na Holanda, que estão assim mais perto de chegar a uma fórmula ant
Os genes mautsalém estão presentes em 10% dos jovens e em 30% dos indivíduos cuja idade já ultrapassa os cem anos. A descoberta foi realizada por cientistas da Universidade de Leiden, na Holanda, que estão assim mais perto de chegar a uma fórmula antienvelhecimento. Matusalém – assim se chamava a mítica figura bíblica que terá vivido até aos 969 anos. Daí o nome destes genes agora descobertos que aparentemente garantem a longevidade e protegem o organismo, podendo mesmo retardar o aparecimento de doenças típicas da velhice, como problemas cardíacos e cancro.
Ao que tudo indica, esta combinação de genes oferece uma proteção extra mesmo aos indivíduos que mantenham um estilo de vida pouco saudável, com maus hábitos alimentares e consumo de tabaco.
“As pessoas que chegam a idades muito avançadas não têm menos genes ligados à doença ou à velhice do que as outras. Contudo, revelam no ADN uma combinação de genes matusalém que as protege e impede a ativação de outros genes que causam problemas”, explica Eline Slagboom, uma das investigadoras envolvidas no estudo, em declarações ao jornal i.
Eline está atualmente a realizar um estudo com 3.500 holandeses com idades acima dos 90 anos.
A produção de um medicamento antienvelhecimento aproxima-se, desta forma, da realidade: “Se descobrirmos os genes que controlam a longevidade, poderemos isolar as proteínas que produzem e criar a partir delas medicamentos que permitam retardar o envelhecimento”, refere David Gems, da University College de Londres.