“Ainda não temos a contabilização total nos quilos de lixo retirado, mas diria que seguramente mais de duas toneladas de lixo. Durante anos nada se fez nesta zona e nós não queremos deixar que tal aconteça. Existiam zonas que eram uma autêntica lixeira e nós vamos estar atentos”, garantiu Raul Ferrão, presidente do clube de pescadores, à agência Lusa.
Para além de garrafas e outros plásticos como copos ou sacos “que o pessoal da noite” deixa para trás, os voluntários ainda uniram esforços para a retirada das redes de pesca abandonadas.
“Não tirámos todas as redes porque são muito pesadas, devido à lama que têm agarradas. A autarquia vai estudar a situação, pois as redes vão ter que ser retiradas com guincho, não deu com a força de braços”, explicou Raul Ferrão.
Apesar de considerar que “os restos das presenças dos pescadores, que muitas vezes se vêem nestes locais, não foram assim tão visíveis”, o presidente do Clube Amadores de Pesca do Barreiro criticou os restantes clubes e associações de pesca da região que não aderiram a esta iniciativa.
No entanto, o sentimento é de satisfação: “Vai haver um concurso na próxima semana. Ficamos satisfeitos, porque contribuímos para que eles no próximo fim-de-semana tenham um melhor bem-estar”.
Com a colaboração da Câmara do Barreiro, da Junta de Freguesia e da Polícia Marítima, a iniciativa estendeu-se ainda à muralha da Avenida Bento Gonçalves, “a principal varanda sobre Lisboa”, que com esta intervenção “já tem mais um bocado de brilho”.