O uso de contracetivos salva a vida de mais de 250 mil mulheres anualmente, evitando que estas passem por complicações fatais durante o parto ou situações graves causadas por abortos sem condições. A conclusão é de um estudo publicado na The Lancet.
O uso de contracetivos salva a vida de mais de 250 mil mulheres anualmente, evitando que estas passem por complicações fatais durante o parto ou situações graves causadas por abortos sem condições. A conclusão é de um estudo publicado na revista The Lancet, que afirma que, nas últimas décadas, o número de mortes maternas caiu 40% em todo o mundo.
Em 2008, 355 mil mulheres morreram ao dar à luz ou em sequência de abortos ilegais e perigosos, mas, no mesmo ano, o uso da contraceção permitiu evitar 250 mil mortes maternas ao reduzir o número de gravidezes indesejadas.
“Se todas as mulheres nos países desenvolvidos que não querem engravidar usarem um método contracetivo eficaz, as mortes maternas podem diminuir pelo menos mais 30% do que aquilo que já diminuíram”, alcançando-se uma redução de 70% nesse número, pode ler-se no estudo citado pela agência France Presse.
O estudo, coordenado por John Cleland, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, contou com a colaboração de cinco especialistas de instituições inglesas e norte-americanas e pretende chamar a atenção para o direito de acesso ao planeamento familiar que não é assegurado a 120 milhões de mulheres e raparigas.
O trabalho destes professores aponta ainda os benefícios dos cuidados de saúde infantis e de um bom acompanhamento durante as gravidezes, que devem ser planeadas e espaçadas entre si para diminuir o risco de prematuridade ou de problemas nos primeiros anos de vida das crianças.