De acordo com o jornal Metro, o Governo anunciou que esta ação se destina àqueles que “não conseguem prover, para si e para a sua família, duas refeições”. Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade Social, afirmou, na cerimónia de assinatura dos protocolos, que o orçamento anual para o distrito é de 1,4 milhões de euros.
A nível nacional, a verba disponível para esta ajuda social ronda os 50 milhões de euros, investimento capaz de gerar cerca de 900 cantinas em todo o país. Ainda assim, o Estado recorre a instituições particulares de solidariedade social, misericórdias e mutualidades, de modo a rentabilizar cozinhas, recursos humanos e equipamentos.
Há três meses existiam, apenas, 62 cantinas sociais em todo o país, número que aumentou para 445. Estas novas 46 a abrir em Lisboa trazem o fator anonimato, uma vez que as pessoas já não têm a obrigação de se identificarem para terem direito às refeições. Esta situação, obrigatória nas outras cantinas, fazia com que alguns “deixassem de recorrer ao serviço”.
A abertura das cantinas está integrada no Programa de Emergência Social, criado há um ano com o objetivo de travar a pobreza e a exclusão social através de ações em cinco áreas: famílias; idosos; deficientes; voluntariado e instituições sociais. A iniciativa deverá continuar em vigor até 2014.