Chama-se “Smart Hip”e tem sensores que conseguem monitorizar em tempo real o comportamento do implante no osso e detetar algum problema de forma precoce. Consiste numa rede de cápsulas, sensores de medição e atuadores que são introduzidos no implante da anca. As cápsulas libertam medicamentos, os sensores detetam problemas e os atuadores estimulam o crescimento ósseo.
Estes elementos são ativados pelo médico através de um computador com conexão a um dispositivo bluetooth ligado ao Smart Hip.
“Uma vez colocado no implantes, o Smart Hip oferece medidas profiláticas e proativas para combater as potenciais complicações do pós-operatório”, explicou ao CotecPortugal Isabel Pinto da Costa, da equipa Smart Bones.
Esta solução poderá no futuro acabar com as complicações pós-cirúrgicas diminuindo a necessidade de recobro ou de uma segunda cirurgia para substituição do implante.
Os investigadores acreditam que dentro de cinco ou seis anos este dispositivo vai reduzir em grande parte os riscos associados à cirurgia e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Estima-se que sejam um milhão de pessoas na Europa e EUA a recorrerem a próteses para a anca.
Este projecto foi um dos vencedores do programa COHiTEC em Portugal, que apoia o conhecimento produzido em instituições de investigação e desenvolvimento na criação de empresas de base tecnológica.