Uma mulher alemã vive há 16 anos sem dinheiro. Por altura do seu 50º aniversário, Heidemarie Schwermer decidiu mudar de vida e abandonar o emprego como psicóloga. Hoje, anda pelo mundo.
Uma mulher alemã vive há 16 anos sem dinheiro. Por altura do seu 50º aniversário, Heidemarie Schwermer decidiu mudar de vida e abandonar o emprego como psicóloga. Hoje, dá palestras por todo o mundo e oferece-se para fazer os mais variados tipos de tarefa pedindo, apenas, em troca, alimentação e estadia.
“Apercebi-me de que precisava cada vez menos de dinheiro”, explica Heidemarie ao jornal Business Insider, acrescentando que o seu plano inicial se limitava a conseguir viver sem dinheiro durante um ano.
Começou por vender a casa e o seu 'recheio', mantendo somente os objetos indispensáveis que a sua mala podia transportar. Porém, acabou por se render a este estilo de vida alternativo e não quis voltar atrás, sendo o único dinheiro que gasta utilizado para comprar os bilhetes de comboio que lhe permitem viajar.
Hoje, não tem morada fixa e deambula entre vários locais, acomodando-se – por períodos nunca superiores a uma semana – em casa de amigos de longa data ou pessoas com quem trava conhecimento durante as suas conferências.
Além de uma casa, aqueles que vai conhecendo oferecem-lhe também as roupas que veste e que, quando muda a estação, volta a doar, reciclando recursos. Para se alimentar, procura as sobras de produtos em bom estado que os vendedores dos mercados já não querem ou presta serviços, como limpezas, que lhe ão “pagas” em géneros.
Heidemarie Schwermer admite que uma vida como esta requer uma grande fé no desconhecido. “Testemunho milagres diariamente. Por exemplo, no início, encontrava comida. Pensava nas coisas e depois encontrava-as na rua ou as pessoas traziam-mas”, conta, dizendo acreditar “que estes milagres acontecem devido à força do pensamento”.
A sua experiência já deu, inclusive, origem a um documentário. O filme, denominado “Living Without Money”, é uma co-produção norueguesa e italiana realizado por Line Halvorsen e ilustra a forma como Heidemarie se dedicou a este novo caminho.
Apesar de a família preferir tê-la mais perto e dos muitos convites de amigos, que lhe sugerem que fique definitivamente numa das suas casas, esta aventureira não desiste do seu propósito. “Recuso esses convites porque não posso não o fazer. Sinto que tenho de ir. O meu trabalho é andar pelo mundo e estar com as pessoas”, conclui.