O concelho de Moura, no Alentejo, foi o escolhido para em setembro testar tecnologia de ponta que integra o maior radiotelescópio do mundo, o SKA - Square Kilometre Array, cuja instalação definitiva está a ser disputada entre África do Sul, Austr
O concelho de Moura, no Alentejo, foi o escolhido para em setembro testar tecnologia de ponta que integra o maior radiotelescópio do mundo, o SKA – Square Kilometre Array, cuja instalação definitiva está a ser disputada entre África do Sul, Austrália ou Nova Zelândia.
O SKA promete ser o meio de visualização do universo mais avançado do mundo. Tem uma precisão 50 vezes superior à dos instrumentos de observação astronómica mais evoluídos. Revelar o nascimento das primeiras galáxias, detetar colisões entre buracos negros e recolher provas do processo de formação de planetas noutros sistemas solares serão algumas das capacidades do SKA.
Os ensaios do SKA deverão representar 12 milhões de euros em mais-valias para Portugal, para além de dar a conhecer o potencial da região aos cientistas que por lá irão passar. A participação portuguesa tem sido liderada pela Universidade de Aveiro e conta com o apoio da empresa municipal Lógica – Sociedade Gestora do Parque Tecnológico de Moura.
De acordo com investigadores da Universidade de Aveiro, que têm assegurado a ligação ao projeto SKA, a escolha da Herdade da Contenda, para integrar os ensaios de um dos sistemas do SKA, deveu-se ao espaço disponível, ao espetro radioelétrico limpo, e aos reduzidos custos de implementação de infraestruturas.
A estes fatores juntam-se ainda as boas condições iono e troposféricas e o sossego do local com exposição solar de excelência, que facilita a realização dos testes, conforme explica a edição online do PÚBLICO.
O gigantesco radiotelescópio irá ocupar uma área de três mil quilómetros quadrados e representa um investimento total de 1,5 mil milhões de euros. Visto do ar irá parecer uma estrela-do-mar gigante.