A célebre pasta dentífrica "Couto", que marcou a vida de muitos portugueses, comemora, por esta altura, 80 anos de existência e vai continuar a ser vendida, pelo menos, até 2017.
A célebre pasta dentífrica “Couto”, que marcou a vida de muitos portugueses, comemora, por esta altura, 80 anos de existência. Há oito décadas que a marca nasceu, o produto nunca parou de ter sucesso em Portugal e até no estrangeiro e sabe-se agora que vai continuar a ser vendido, pelo menos, até 2017.
Em entrevista à Lusa, o principal acionista da empresa “Couto”, contou que há atualmente duas marcas – uma da área da cosmética e outra da farmacêutica – interessadas em adquirir a “Pasta Dentífrica Couto” e aumentar o volume de negócios.
“Os dois pretendentes com quem falei são pessoas que rigorosamente querem aumentar mais as vendas da Pasta Couto. Estou convencido de que vai durar muito mais anos para além de mim”, revelou Alberto Gomes da Silva, de 74 anos, sobrinho do fundador da marca.
A presença deste dentífrico português continua a fazer-se sentir entre muitas famílias nacionais, mas há também quem, além-fronteiras, se interesse pelo produto, que nasceu para lavar os dentes e desempenhou, também, um papel importante no combate aos malefícios da sífilis, que afeta a arcada dentária e as gengivas.
10% da produção segue para o estrangeiro
Das 500 mil bisnagas produzidas anualmente a partir de uma antiga farmácia de Vila Nova de Gaia, no Porto, há 10% que segue para exportação, sendo Itália e EUA os principais destinos internacionais desta pasta de dentes.
A marca é também promovida junto de clientes estrangeiros em vários hotéis de luxo nacionais, como o da Quinta do Lago, no Algarve, ou o Hotel da Lapa, em Lisboa, que oferecem exemplares do dentífrico aos hóspedes.
Em Portugal, a pasta de dentes é vendida nas farmácias, em drogarias, supermercados, lojas exclusivas de produtos nacionais e até lojas de chineses, contou à Lusa Alberto Gomes Silva, que acredita na “qualidade” da “Couto”.
Depois de, a certa altura, a empresa ter sido obrigada “a parar o fabrico da pasta durante seis meses” por ordem do Infarmed (Autoridade Nacional de Medicamento e Produtos de Saúde”) devida a regras da União Europeia, a “Pasta Couto” está novamente num bom caminho.
Elaborada com 15 ingredientes, entre os quais a água, a glicerina, o sódio, o cálcio, o eugenol, a hortelã-pimenta e o cloreto de potássio, a pasta pode ser utilizada por todos, exceto pelas crianças, explicou Alberto Gomes da Silva.
Atualmente, estão à venda bisnagas de 60 e 120 gramas (apenas em Itália), havendo também amostras gratuitas de apenas 25 gramas.