Sem ser necessário tocar em ecrãs ou comandos, a tecnologia, batizada de 'Kinect' e desenvolvida originalmente pela Microsoft, permite ativar e controlar os dispositivos através de sensores que captam comandos de voz e movimentos corporais (gestos).
De acordo com o comunicado emitido na passada quinta-feira pela Lancaster University, parceira do King’s College neste projeto, no caso específico das cirurgias, este tipo de tecnologia foi aplicado a pequenas câmaras de vídeo permitindo aos médicos ver e manipular as imagens que querem ver durante uma cirurgia (uma tarefa normalmente desempenhada manualmente por um outro profissional de saúde que segue as direções do cirurgião).
As imagens são bastante fiéis uma vez que são reproduzidas em três dimensões e, o facto de não ser necessário qualquer tipo de contacto físico, diminui drasticamente os riscos de contaminações durante as operações. Tratando-se de imagens digitais, este sistema oferece ainda a vantagem de poder fazer zoom e outras manipulações (rodar, inverter) em tempo real.
No comunicado, Mark Rouncefield, da School of Computing and Communication da Lancaster University, afirmou que este “é um excelente exemplo de uma investigação interdisciplinar que combina as aptidões técnicas dos cientistas informáticos com as capacidades dos profissionais de saúde.”
Depois dos primeiros testes efetuados no hospital londrino St Thomas, onde foi usada em cirurgias vasculares, a tecnologia 'Kinect' prosseguirá, agora, para aperfeiçoamentos noutros centros cirúrgicos, sobretudo na área da neurocirurgia.