De acordo com a BBC, um teste criado para estudar a perda de estrutura óssea nos astronautas devido à microgravidade do espaço conduziu à possibilidade de diagnóstico precoce da osteoporose. O procedimento utilizado recorre à urina para procurar vestígios de calcificação óssea.
Atualmente, a doença pode passar despercebida durante anos, sendo muitas vezes diagnosticada numa fase em que os ossos já estão enfraquecidos e com possíveis fraturas. Assim sendo, a técnica desenvolvida pelos especialistas da NASA em conjunto com cientistas na Universidade Estadual do Arizona possibilita a análise da quantidade de isótopos de cálcio (átomos) e, consequentemente, o diagnóstico.
A pesquisa, que incluiu a análise de 12 voluntários, determinou também mais uma vantagem face aos testes bioquímicos comuns: o novo procedimento, além de possibilitar o diagnóstico precoce, indica uma medida exata da perda óssea, importante ao determinar a gravidade da situação.
Segundo o pesquisador Ariel Anbar, o novo método deverá, agora, ser submetido a mais testes com pacientes que sofram alterações ósseas. Em caso de sucesso, a técnica poderá vir a ser posta em prática não só com a osteoporose mas também com outras doenças que envolvam os ossos, nomeadamente o cancro.