O lobo foi encontrado junto à aldeia de Meixedo, Montalegre, preso por uma pata num laço usado na caça ilegal, e foi encaminhado para o Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) da Universidade.
Citado pela Lusa, o médico veterinário Filipe Silva explicou que o lobo, que deverá ter um ano e que pesa 30 quilos, vinha muito assustado e nem comia. Agora, passados cinco dias, já come, mas inspira ainda cuidados.
“Para já, não é o pior cenário. Não está a correr tão mal como esperávamos no início. Não temos sinais evidentes de gangrena para já”, disse o médico. E se não surgirem sinais de gangrena, o responsável diz ter esperança de que não seja necessário proceder à amputação da pata.
Agora, acrescentou, é preciso continuar a mudar a penso de três em três dias e manter o animal alimentado, medicado com antibióticos e anti-inflamatórios e evitar que se mutile. O tratamento só deverá terminar dentro de dois meses.
Enquanto isso, o contacto com os humanos é restringido ao mínimo. O jovem animal está numa jaula própria para lobos e só vê os médicos durante os períodos de alimentação e medicação. Se recuperar bem, este poderá vir a ser o primeiro lobo a ser devolvido à natureza nestas circunstâncias.
Se não puder regressar ao seu habitat natural, poderá ter de ser colocado num centro de recuperação de animais ou ser utilizado para educação ambiental.
José Paulo Pires referiu que a população lupina está mais ou menos estável em Portugal. Neste momento, estima-se que existam cerca de 300 lobos a Norte do rio Douro.
[Notícia sugerida por Sofia Baptista]