Saúde

Estudo abre esperanças na cura da paralisia cerebral

Um novo tratamento ajudou coelhos nascidos com paralisia cerebral a recuperar uma mobilidade normal, o que abre a esperança de um potencial avanço na cura de pessoas.
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Um novo tratamento ajudou coelhos nascidos com paralisia cerebral a recuperar uma mobilidade normal, o que abre a esperança de um potencial avanço na cura de pessoas com este distúrbio atualmente incurável, de acordo com uma equipa de cientistas dos EUA.
 
O estudo desenvolvido por Sujatha Kannan e os seus colegas do Instituto Nacional de Saúde Infantil e do Departamento de Perinatologia e Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos foi publicado no jornal científico Science Translational Medicine e recorreu à nanomedicina.
 
Os cientistas libertaram um medicamento anti-inflamatório diretamente nas partes comprometidas do cérebro dos coelhos através de minúsculas moléculas em cascata, conhecidas como dendrímeros. No quinto dia, os animais, que nasceram com paralisia infantil, movimentavam-se em níveis quase normais.
 
As crias de coelho tratadas seis horas após o nascimento registaram “uma melhoria dramática na função motora” ao quinto dia, afirmou a autora principal do estudo, que explicou que os testes foram bem-sucedidos porque o método permitiu que o fármaco cruzasse a barreira sangue-cérebro, desativando prontamente a inflamação cerebral.
 
A médica explicou ainda que a utilização de coelhos como cobaias está relacionada com o facto de, à semelhança do que acontece com os humanos, os seus cérebros se desenvolverem antes e depois do nascimento, enquanto a maioria dos outros animais nascem com as habilidades motoras já formadas.
 
“Uma vantagem disso é que podemos testar tratamentos e olhar para a melhoria na função motora usando este tipo de modelo animal”, esclareceu Kannan.
 
Uma das causas principais da paralisia cerebral é o nascimento prematuro, mas a doença não costuma ser diagnosticada antes dos dois anos. Consequentemente, “no momento em que fazemos o diagnóstico, há muito pouco que podemos fazer”, confessou o Roberto Romero, co-autor do estudo, citado pela AFP.
 
Apesar de os especialistas admitirem que serão necessários vários anos até que se conheça totalmente esta abordagem, a investigação demonstra que uma intervenção precoce poderá ter a capacidade de inverter os danos cerebrais.
 
“Este trabalho é importante porque indica que há uma janela no tempo, imediatamente após o nascimento, quando a neuroinflamação pode ser identificada e quando o tratamento com um nanodispositivo pode reverter os efeitos da paralisia cerebral”, concluiu o obstetra do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano.

[Notícia sugerida por Diana Rodrigues]

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