As amoras silvestres de Portugal trazem mais benefícios para a saúde do que as amoras comerciais, sobretudo ao nível da proteção neurológica. Esta informação está demonstrada num artigo científico publicado por uma equipa internacional da qual fazem
As amoras silvestres de Portugal trazem mais benefícios para a saúde do que as amoras comerciais, sobretudo ao nível da proteção neurológica. Esta informação está demonstrada num artigo científico publicado por uma equipa internacional da qual fazem parte investigadores portugueses.
O estudo consistiu na comparação de exemplares das espécies Rubus brigantinus e Rubus vagabundus, recolhidos na zona de Bragança, com uma variedade de amoras comercial. Foi feita uma caracterização química antes e depois da digestão 'in vitro' das amostras e avaliado o seu nível de proteção neurológica.
Já tinha sido provado cientificamente que a ingestão deste tipo de fruto – designados como frutos dos bosques ou frutos vermelhos – atenua processos de degeneração cerebral, graças aos benefícios ligados à presença de polifenóis – antioxidantes naturais.
No entanto, o resultado deste estudo demonstrou que existem “diferenças quantitativas na composição dos polifenóis” de cada variedade, diferenças essas que podem ser responsáveis pelas diferentes respostas à neurodegeneração do modelo celular utilizado.
A investigação comprovou que as amoras comerciais não tiveram praticamente efeitos benéficos a este nível, ao contrário do que aconteceu com as espécies selvagens.
Foi ainda verificada a modulação dos níveis de glutatiões (antioxidantes) e a ativação de caspases (enzima que modera as inflamações) durante o tratamento com as amoras silvestres portuguesas.
O estudo foi resultado de um trabalho conjunto do laboratório da Biologia da Doença e do Stress do ITQB/IBET, da Universidade Nova de Lisboa, com o James Hutton Institute, no Reino Unido.
Pode consultar o artigo publicado no European Journal of Nutrition AQUI.
[Notícia sugerida por Vera Silva e Maria de Sousa]