O primeiro prémio, no valor de cinco mil euros, foi entregue a Elda Sousa pelo projeto de criação de um viveiro de plantas endémicas de apoio à reflorestação do Parque Ecológico do Funchal, ao qual a guia-intérprete dedica grande parte do seu tempo livre.
O projeto coordenado pela madeirense está inserido no trabalho da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal e foi iniciado como uma tentativa de recuperar o Parque do Cabeço de Lenha da destruição florestal provada pelo incêndio que ocorreu no Funchal em Agosto de 2010.
Com poucos recursos e recorrendo em grande parte à reutilização de materiais, o projeto, ainda em curso, teve os primeiros resultados em Janeiro de 2011, quando as primeiras plantas foram transplantadas para a zona de Cabeço de Lenha.
“Adote uma pradaria marinha” em segundo
A investigadora Alexandra Cunha, do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve recebeu o segundo prémio do concurso, no valor de três mil euros.
A candidatura da investigadora algarvia, também presidente da Liga para a Proteção da Natureza, teve por base o projeto “Adote uma pradaria marinha”, patrocinado pelo Oceanário de Lisboa, e cujo objetivo fundamental é o de envolver os cidadãos na proteção das frágeis pradarias marinhas situadas na costa portuguesa.
Reflorestação da Mata dos Medos em terceiro
Já Ana Sofia André recebeu dois mil euros pelo projeto inserido no programa do Grupo Flamingo – Associação de Defesa do Ambiente, que consiste na criação de um viveiro de plantas autóctones para a reflorestação da Mata dos Medos, situada na Arriba Fóssil da Costa da Caparica.
A reintrodução de espécies locais na mata foi iniciada pelo Grupo Flamingo em 2005, já que, após um grande incêndio nos anos 80, a floresta foi invadida por espécies não autóctones que podem provocar um desequilíbrio no ecossistema.
Prémio já distinguiu 285 mulheres em vários países
O prémio é atribuído pela Fundação Yves Rocher em 15 países, entre os quais Portugal, e já reconheceu um total de 285 mulheres.
Do júri nacional fizeram parte representantes de entidades ligadas a questões ambientais como é o caso da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
[Notícia sugerida por Elsa Martins, Anabela Figueiredo, Maria Manuela Mendes e Alexandra Luís]