A Santa Casa da Misericórdia do Porto implementou um novo projeto para combater a solidão dos idosos. “Chave de Afectos” consiste num serviço de tele-assistência e voluntariado que reforça a atenção às necessidades diárias destes séniores.
Este é um projeto que pretende, a longo prazo, assistir os quase três mil idosos que se encontram sozinhos nos seus lares só na cidade Invicta. Uma situação, disse António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, à agência Lusa, perante a qual a instituição “não se poderia manter insensível”.
Além da assistência prestada por voluntários, o projeto envolve a distribuição de dispositivos de tele-assistência pelos idosos que, através de um botão, podem pedir ajuda em caso de alarme. “A ideia é fazer com que os idosos se sintam permanentemente acompanhados, criando-lhes a família que eles não têm”, explicou o provedor da instituição à Lusa, na altura do lançamento do projeto.
O sinal emitido pelo botão é captado num call center onde os operadores acionaram de imediato um alarme procurando entrar em contacto com idoso via telefone e alertando, em simultâneo, o INEM para averiguar a situação e transferir-se para o local.
Numa fase inicial o sistema abrange 50 idosos, mas em breve está previsto um aumento deste número assim como um aumento das zonas a interferir consoante as condições e os apoios disponíveis.
As zonas abrangidas são as que registam situações de isolamento mais numerosas como as freguesias da zona histórica do Porto (Sé, São Nicolau, Vitória e Miragaia) e também a área central da cidade, na freguesia da Cedofeita.
Para avançar com este projeto a Santa Casa da Misericórdia do Porto contou com parcerias das respetivas juntas de freguesia, da PSP e do banco Montepio Geral, que contribuiu monetariamente.