Segundo o estudo divulgado esta quarta-feira no British Medical Journal, a GLP-1 é uma hormona segregada naturalmente pelo intestino quando as pessoas estão a comer. Começou a ser usada para tratar doentes com diabetes, devido à sua capacidade para regular os níveis de açúcar no sangue mas, durante a investigação, os médicos perceberam que a hormona também deixava os pacientes com menos apetite.
Perante este facto, a equipa de investigadores decidiu avançar com um estudo que revelasse as demais capacidades e efeitos da GLP-1. Depois de analisar os resultados de 25 ensaios clínicos que envolveram mais de seis mil pacientes administrados com GLP-1, os investigadores concluíram que aqueles que receberam uma dose mínima durante pelo menos 20 semanas apresentaram maior perda de peso do que os restantes.
Segundo o estudo, a administração da hormona provocou ainda uma melhoria da pressão arterial, do colesterol e da glicemia. Os investigadores afirmam que os resultados fornecem “provas convincentes” de que o GLP-1 “resulta em efeitos benéficos clinicamente relevantes no peso corporal” de pacientes obesos.
Apesar dos efeitos benéficos comprovados, alguns pacientes apresentaram efeitos secundários durante a administração da GLP-1, como náuseas, vómitos e diarreia.
A equipa defende que a hormona deve ser usada em pacientes obesos que sofrem de diabetes, mas quer desde já avançar com novos estudos para testar a sua eficácia em obesos não diabéticos.