Na última edição semanal do ano, o diário espanhol escolheu as cem individualidades ibero-americanas que marcaram 2011. Souto de Moura é o único português a figurar entre os eleitos, sendo descrito como “ponta de lança da terceira geração de arquitetos portugueses modernos”.
Para o jornal, o arquiteto português é “o herdeiro natural de uma tradição que atualizou uma linguagem [em arquitetura] retirando-lhe os ornamentos”, elogiando-lhe o recurso a “materiais locais e a acabamentos artesanais”.
Em 2011, Eduardo Souto de Moura foi o grande vencedor do Prémio Pritzker, o mais prestigiado na área da arquitetura internacional. Foi também galardoado com o Prémio Secil Arquitetura 2010, pelo projeto da Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, e doutorado “honoris causa” pela Universidade de Aveiro.
Segundo o diário espanhol, a Casa das Histórias de Paula Rego é o trabalho mais experimental de Souto Moura, sem esquecer o mercado e estádio municipais de Braga.
Nascido no Porto a 25 de Julho de 1952, Souto de Moura licenciou-se em 1980, pela Escola Superior de Belas Artes do Porto e faz hoje parte do núcleo de profissionais da chamada “Escola do Porto”, ao lado de nomes como Fernando Távora e Siza Vieira.
A par do trabalho de arquiteto, Souto Moura tem vindo a lecionar nalgumas das mais conceituadas escolas de arquitetura desde o início dos anos 80, começando na Faculdade de Arquitetura do Porto, depois em Paris-Belleville, Harvard, Dublin, Zurique e Lausanne.
[Notícia sugerida por Fernando Pereira e Patrícia Guedes]