Uma exposição do pintor chileno Roberto Matta, outra do brasileiro Hélio Oiticica, exposições de vários artistas africanos contemporâneos e ainda uma mostra em homenagem ao cante alentejano, candidato a património mundial da UNESCO. Estes são alguns dos destaques da programação que o Museu Berardo anuncia para 2012.
Pedro Lapa, diretor artístico do Museu de Arte Moderna e Contemporânea Coleção Berardo, disse à Lusa que tentou organizar uma programação para 2012 com exposições que dão ênfase a movimentos históricos e a prospetivas mais contemporâneas que possam dar a conhecer aquilo que hoje se perspetiva na arte contemporânea.
Para já, podemos contar com duas exposições de dois grandes nomes da arte moderna internacional. Uma será do pintor chileno Roberto Matta, uma vez que “este ano se cumpre o centenário do seu nascimento”, conta o responsável.
A outra será uma mostra retrospetiva daquele que é considerado o “maior artista brasileiro do século XX, Hélio Oiticica”, mostra essa que esteve patente no Rio de Janeiro e que será reeditada especificamente para o Museu Berardo.
No âmbito da programação para o próximo ano, podemos ainda esperar a exposição No Fly Zone, cujo objetivo é, não só promover jovens artistas contemporâneos de África, como também aproximar a cultura portuguesa da angolana.
Em homenagem à candidatura do cante alentejano como património mundial da humanidade, o Museu Berardo irá ainda organizar uma exposição com documentários, filmes de ficção e outros trabalhos artísticos que enaltecem esta vertente da cultura portuguesa.
Relativamente ao término das entradas gratuitas, Pedro Lapa prefere “não especular”. Apesar de Joe Berardo já ter dito que não sabe por mais quanto tempo é que vai conseguir manter as entradas livres, trata-se de uma questão ainda sem uma resposta definitiva que garante, pelo menos para já, as portas abertas do Museu a todos os portugueses.
