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Os países que partilham o território amazónico renovaram, esta terça-feira, o compromisso para a proteção da Amazónia e aceitaram uma proposta do Brasil com o objetivo de aumentar o trabalho realizado nesse sentido.
Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela reuniram-se na cidade brasileira de Manaus para discutir o desenvolvimento sustentável e considerar os aspetos sociais no âmbito dos planos de gestão da floresta.
Durante o encontro que recebeu os oito membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazónica, os responsáveis brasileiros puseram em cima da mesa a possibilidade de ceder 20% do Fundo Amazónia, que reúne verbas públicas e privadas, para uso nas restantes sete nações.
O acordo foi incluído no Compromisso de Manaus, que em 28 pontos destaca a necessidade de desenvolver novos espaços de diálogo com os povos amazónicos, que, por norma, não participam nas grandes discussões nacionais.
Além disso, os representantes presentes assinaram um documento adicional no qual se comprometeram a negociar uma posição comum para a Rio+20, Conferência de Desenvolvimento Sustentável organizada pela ONU que se realiza no Rio de Janeiro no próximo ano.
Riquezas naturais têm de ser protegidas
Os países destacaram “a importância que deve ser dada à Amazónia pelo seu especial significado para a biodiversidade, a estabilidade climática e o desenvolvimento integral”. Até porque, como lembrou António Patriota, Ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro, a região conserva “um quinto das reservas mundiais de água doce e um terço das florestas que restam no planeta”.
Com a concessão de 20% do fundo aos países da região, será possível aumentar a capacidade destes países de promover ações de prevenção, monitorização e combate à desflorestação.
Estes são, aliás, os grandes objetivos do Fundo Amazónia, criado em 2008, que prevê igualmente a adoção de medidas de conservação e uso sustentável das florestas que compoem os diferentes ecossistemas amazónicos.
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