“Quem comer esta couve com bacalhau, ou com o cozido à barrosã, nunca mais quer outra couve”, diz o Presidente da Câmara, Fernando José Gomes Rodrigues, num comunicado disponibilizado no site. É desta forma que o autarca promove a troca que deverá acontecer entre os dias 26 e 27 deste mês, cujo objetivo é dinamizar os produtos locais e fomentar o tecido comercial.
Esta iniciativa surge na sequência da crise económica que está a fragilizar o comércio local. Sendo Montalegre um concelho que sobrevive essencialmente à base do cultivo da terra torna-se indispensável fortificar essa produção. Desta forma, o Ecomuseu de Barroso – Espaço Padre Fontes uniu-se à Câmara Municipal e vai receber comprovativos de despesas feitas no comércio da zona e trocá-los por exemplares de couves tronchas plantadas no couval da Quinta da Veiga.
O terreno foi plantado este ano com o apoio do Ecomuseu e “mostra a excelência de um produto que vinga numa região com um clima apropriado para produtos cada vez mais procurados”, conta o comunicado. Foram plantados 30 mil pés de couve troncha, posteriormente comercializados por uma cadeia de supermercados na zona.
“Esta aposta do município de Montalegre não é mais do que uma forma de despertar para a consciência de aplicar despesa, sempre que possível, na terra”, ao mesmo tempo que se dá às pessoas um produto de alto valor qualitativo, 100% natural. Pretende-se ainda que esta iniciativa possa contribuir para o crescimento de outras.
Esta é uma couve especial da região com elevado valor nutricional e tem sido utilizada desde a antiguidade na medicina tradicional. Segundo o site da câmara, no passado pensa-se que este era um legume utilizado unicamente para fins medicinais e não gastronómicos.
[Notícia sugerida por Vitor Fernandes]