As galáxias agora descobertas estão localizadas a uma distância de até 9 biliões de anos-luz da Terra e, segundo a NASA, são, em média, 100 vezes menos maciças que a Via Láctea.
Embora este tipo de galáxias seja o mais comum no Universo, o que mais surpreendeu os cientistas foi o rápido nascimento de estrelas que acontece no seu interior.
O ritmo é tão frenético que o número de estrelas poderia duplicar em “apenas” 10 milhões de anos. No entender dos astrónomos, esta velocidade é altíssima até para uma galáxia jovem já que, por exemplo, a nossa galáxia poderia demorar mil vezes mais para alcançar o dobro das estrelas que possui atualmente.
Os especialistas adiantaram que a deteção das galáxias foi possível porque “a radiação de estrelas jovens e muito quentes fez com que o oxigénio no gás que as rodeia brilhasse como um letreiro de néon”.
Além disso, a descoberta foi uma feliz coincidência. “Não estávamos à procura destas galáxias, mas elas destacaram-se pela sua cor incomum. Na verdade, sempre estiveram onde estão hoje, mas não tínhamos ao nosso alcance a tecnologia necessária para as observar”, explicou Arjen van der Wel, do Instituto de Astronomia Max Planck, na Alemanha.
Os resultados obtidos inserem-se no CANDELS (Cosmic Assembly Near-Infrared Deep Extragalactic Legacy Survey), um projeto de três anos que tem o propósito de analisar as galáxias mais distantes no Universo e de fazer o primeiro “censo” de galáxias anãs primitivas.