Os dados foram confirmados por duas vezes, e apesar de, na segunda amostragem, os valores terem diminuído, a conclusão manteve-se: as pessoas mais alegres não só desfrutam mais da vida, como podem saboreá-la por mais tempo. Quem o diz são investigadores do English Longitudinal Study of Ageing (ELSA) que analisaram cerca de 3,800 mil pessoas com mais de 50 anos desde 2002.
O objetivo dos cientistas era associar o estado de espírito daquelas pessoas com a sua longevidade e os primeiros resultados foram claros, lê-se no estudo publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Das 924 pessoas que mostraram sentimentos mais negativos 7,3%, ou seja, 67, morreram nos cinco anos seguintes, enquanto no caso dos mais positivos o valor decresceu para 3,6%, ou seja, metade.
Não satisfeitos com os resultados obtidos, os investigadores reformularam o seu método de análise. De facto, era importante ter em conta a idade, sintomas de depressão, doenças e o estado de saúde das pessoas, de forma a fazer uma comparação real. Os resultados voltaram a certificar que os mais alegres viviam mais tempo.
O valor baixou para 35%, comprovando que quem deixa de lado os sentimentos de ansiedade e tristeza tem uma probabilidade maior de morrer mais cedo. Segundo o que os autores Andrew Steptoe e Jane Wardle dizem no estudo, estes valores não devem ser interpretados como uma fórmula definitiva que indica que a felicidade prolonga a vida. De qualquer forma a descoberta reforça a importância de viver com um sentimento de bem-estar na idade mais avançada.