Sociedade

Aldeia de Querença renovada por alunos do Algarve

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A aldeia de Querença, em Loulé, ganhou uma nova vida desde que um grupo de estudantes da Universidade do Algarve iniciou, em Setembro, um projeto de revitalização local. Recuperar terras abandonadas, promover o artesanato tradicional, apostar no mercado e nos produtos locais são apenas algumas das iniciativas que o grupo tem promovido.

“Da Teoria à Ação – Empreender o Mundo Rural” é o nome do projeto que pretende levar espírito jovem a uma aldeia do interior alvo de desertificação. Até ao momento os resultados têm sido positivos e os habitantes de Querença agradecem a ajuda da equipa.

Sara Fernandes, responsável pela comunicação da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, parceira do projeto, explicou ao Boas Notícias que uma das iniciativas envolve a recuperação de terrenos agrícolas abandonados. “Já cultivamos um deles e estamos a preparar outros para em breve semear”, explicou.

Além disso, estão a organizar uma bolsa local de agricultores, o “Clube de Produtores Locais”, cujo objetivo é “potenciar o escoamento de produtos locais”, disse Sara Fernandes, que também faz parte do grupo de nove estudantes que estão no local.

A Universidade do Algarve, colaboradora do projeto, está a trabalhar nos seus laboratórios na área da engenharia alimentar e na investigação de novos produtos agroalimentares.
 
Sara afirma que  a população local está satisfeita com aquilo que tem sido feito. “No que toca à agricultura, foram várias as pessoas que cederam os seus terrenos para cultivo agrícola (cerca de 10 HA) e partilharam o seu conhecimento empírico adquirido pelo esforço da experiência prática”.

Mercado da aldeia e artesanato

Outra meta alcançada foi o renascimento do mercado local. Após vários anos da sua extinção, o Projeto Querença recuperou esta tradição cultural e voltou a trazer às bancas os produtos das hortas tradicionais da freguesia.

A primeira edição decorreu no passado dia 30 de Outubro e, segundo a organização, “trouxe centenas de pessoas” à aldeia, o que contribuiu para a venda de produtos da terra. No dia 11 de Novembro vão promover um magusto e no fim do mês tem lugar a segunda edição do Mercado Tradicional.

A equipa também já criou um Jardim Sensorial na Fundação Manuel Viegas Guerreiro e está, neste momento, a dar apoio a um projeto de promoção do artesanato, o TASA (Técnicas Ancestrais Soluções Atuais).

Ideia poderá ser replicada noutras aldeias

Os responsáveis pelo projeto afirmam ainda que têm sido contactados por vários grupos informais, associações e instituições – de norte a sul do país – interessadas, a nível nacional, em reproduzir a ideia noutros locais.

Os estudantes integrados no projeto são de várias áreas de formação, desde a restauração, à engenharia do ambiente, passando pelas finanças, biologia e arquitetura paisagística.

Depois dos nove meses de integração na aldeia, o objetivo será que alguns possam ficar definitivamente na região. “Acreditamos que, se se reunirem as condições mínimas, há interesse em residir nesta aldeia e a partir daqui desenvolver as várias atividades profissionais”, disse Sara Fernandes ao Boas Notícias.

Para ver a página do Facebook do projeto, clique aqui.

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