Portuguesa, acompanhados pelo músico Francisco Fanhais, interpretaram as
canções de intervenção que deram música à luta pela liberdade de expressão, vencida
em 1974. A Casa de Portugal em Macau acolhe também uma exposição de
80 cartazes da época.
“É uma exposição de cartazes da extrema esquerda à extrema direita e que, no fundo, eram as paredes de Portugal entre 1975 e 1976, quando as pessoas, de repente, puderam expressar as suas ideias e clamar o que pensavam”, explicou à Agência Lusa a presidente da Casa de Portugal, Maria Amélia António.
Os cartazes fazem parte da coleção privada de um português residente em Portugal.
Por outro lado, os alunos da Escola Portuguesa de Macau cantaram, entre outros, “Filhos da Madrugada”, “Milho Verde”, “Venham Mais Cinco” e “Grândola Vila Morena”, temas para sempre imortalizados na voz de Zeca Afonso e que para sempre farão parte do imaginário coletivo do povo português que viveu a queda da ditadura salazarista.
Francisco Fanhais, o músico de intervenção e ex-sacerdote que acompanhou os jovens da Escola Portuguesa, deslocou-se a Macau a convite da Casa de Portugal e dará ainda um concerto no teatro D. Pedro V, ainda no âmbito das celebrações do 25 de abril.
Amélia António frisa que “faz todo o sentido celebrar o 25 de Abril em qualquer parte do mundo onde haja um português” e sublinha que esta é uma data importante para lembrar aos mais jovens que “têm de dar valor, saber defender e honrar, onde quer que seja, a liberdade de que hoje gozam”.