“Queria dar voz à revolução”, contou o jovem à agência espanhola EFE, depois de uma conferência de imprensa onde o presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) prestou declarações e que Malek cobriu junto com outros jornalistas de todo o mundo.
“Em vez de pegar em armas, como muitos dos meus compatriotas, comecei a contar o que se passava ao mundo”, acrescentou. Pediu a carteira profissional ao Conselho Nacional de Transição, que não colocou quaisquer entraves devido à sua idade, e recebeu o número 2571.
Desde Junho, a Wikalat Breiga al Ajbariya – Agência de Notícias de Breiga – funciona na rede social, contando com quase 3000 seguidores e 21 repórteres, todos voluntários. A maioria dos jornalistas está em Benghazi, a segunda principal cidade da Líbia, mas um viajou até Gaza, na Palestina, para desempenhar o papel de correspondente internacional.
A agência fundada pelo mais jornalista mais jovem líbio apresenta-se como “independente” e pertencente a todo o país, não se encontrando vinculada apenas a uma cidade ou região.
De acordo com Mohamed Malek, o jornal produz “informação política, económica e social” e complementa as reportagens realizadas pelos voluntários com notícias de agências tradicionais.
Jornalista estudante
O jovem de 14 anos acumula o jornalismo com os estudos. A frequentar o nono ano, Malek aproveita ainda o tempo que passa na escola para fazer os downloads e publicar no jornal as fotografias captadas pelos seus repórteres.
Embora para já esteja a estudar, este rapaz sabe claramente qual é o seu maior objetivo para o futuro: “Quero ser jornalista internacional”, declara.
Entretanto, uma coisa é certa: Mohamed Malek é, pelo menos, de acordo com o CNT, o mais jovem fundador e editor de um jornal em todo o mundo.
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[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]