Estas conclusões fazem parte do mais recente relatório do Conselho Nacional de Educação (CNE) e foram hoje divulgadas pela presidente deste órgão no âmbito de uma conferência da Rede Europeia de Conselhos de Educação, em Lisboa.
De acordo com Ana Maria Bettencourt, os progressos feitos em Portugal poderão servir de exemplo para outros países que têm vindo a piorar nos indicadores em causa. Porém, os bons resultados conseguidos ainda estão, afirma a presidente, “aquém do exigido”.
Ana Bettencourt sublinhou que estes avanços contaram com a contribuição da “diversificação da oferta de formação profissional”, bem como “da educação de adultos”. Porém, a responsável fez questão de alertar para a necessidade de garantir “níveis ainda mais elevados” de modo a recuperar de um atraso de décadas e alcançar as metas estabelecidas para 2020.
Conseguir esta recuperação passará, segundo a presidente do CNE, pelo “recurso a medidas extraordinárias dirigidas à captação de pessoas pouco escolarizadas” e por um contributo muito especial por parte das empresas, que deverão valorizar “melhores qualificações em novas admissões” e apoiar o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores, permitindo adequar as suas competências às necessidades do mercado de trabalho.