De acordo com o responsável pelo Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões em Belgrado, esta feira é “o maior evento cultural de sempre de Portugal nos Balcãs” e “a quarta maior feira do livro dos últmos 20 anos, depois de Frankfurt, Paris e Turim”. André Cunha assinalou ainda que o facto de “uma feira do livro ter uma língua como convidada e não um país é um grande passo em frente”.
Durante esta semana, duas dezenas de escritores de língua portuguesa vão deslocar-se à capital da Sérvia, entre eles Mia Couto – que ontem abriu o certame -, José Eduardo Agualusa, Alice Vieira, Lídia Jorge e Rui Zink.
A 56ª Feira do Livro de Belgrado inclui, maioritariamente, apresentações de livros, mas contará também com algumas conferências. Em paralelo, vão decorrer outros eventos, como uma exposição de fotografia de Dragoljub Zamurovic, inspirada no livro “Viagem a Portugal”, de José Saramago, e uma
peça de teatro baseada na obra “O senhor Valéry”, de Gonçalo M. Tavares.
O evento atrai uma média de 120 mil visitantes ao longo dos sete dias de duração e o responsável pelo Centro de Língua Portuguesa arrisca mesmo que, este ano, poderá ser o maior acontecimento relacionado com o português.
A iniciativa de homenagear a Língua Portuguesa partiu das embaixadas de Angola, Brasil e Portugal na Sérvia. No que diz respeito ao caso português, houve também um grande investimento – mais de 20 mil euros – por parte do Instituto Camões e da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB).
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]