Dois metros de comprimento, um metro de largura e seis patas - seria assim o escorpião gigante cujas pegadas fossilizadas foram descobertas na Escócia, por uma equipa de cientistas britânicos. Os estudos realizados até agora indicam que a espéci
[Imagem: BBC]Dois metros de comprimento, um metro de largura e seis patas – seria assim o escorpião gigante cujas pegadas fossilizadas foram descobertas na Escócia, por uma equipa de cientistas britânicos. Os estudos realizados até agora indicam que a espécie terá vivido há 330 milhões de anos, muito antes do aparecimento dos dinossauros.
O rasto de pegadas descoberto na região de Fife é o maior alguma vez deixado por um animal invertebrado da qual a comunidade científica tem conhecimento. O rasto consiste em três fileiras de pegadas em forma de meia-lua, em cada lado de uma ranhura central. Esta terá sido feita pela cauda do animal enquanto se arrastava, afirmaram os cientistas à BBC.
O seu habitat seriam as zonas de areia húmida, o que invalida a teoria de que a espécie viveria exclusivamente no meio aquático. Hibbertopterus, como é designado, é um antecessor dos atuais escorpiões.
A descoberta foi feita por Martin Whyte, da Universidade de Sheffield, enquanto caminhava na zona. O financiamento da investigação ficou a cargo da Scottish Natural Heritage (SNH), órgão que também administra o património natural da Escócia.
Segundo o geólogo da SNH, Colin MacFayden, “ajudar a conservar esta importante descoberta é vital para o nosso conhecimento deste período da evolução”. Além disso, o geólogo frisa também que “descobertas como esta lembram que existem certamente outros tesouros geológicos na Escócia à espera de serem encontrados”.
Os vestígios não se encontram nas melhores condições devido à sua elevada exposição à erosão, ao longo dos tempos. Por isso, o próximo passo dos paleontólogos envolvidos é a criação de um molde em silicone a partir do fóssil, para o estudo minucioso do mesmo.