A Comissão Europeia aprovou, este mês, o projeto Iberlince (de 1 de setembro de 2011 a 31 de agosto de 2016). Através do programa Life+, este projeto que conta com um orçamento de 34 milhões de euros quer fazer crescer as duas únicas populações reprodutoras do planeta para 70 fêmeas na Serra Morena e 25 em Doñana.
O projeto, da autoria da Junta de Andaluzia, quer ainda estabelecer quatro novas populações de lince, com cinco fêmeas cada uma, em locais onde a espécie já existiu.
“Este projeto pretende recuperar a distribuição histórica do lince-ibérico nas regiões da Andaluzia, Castela-La Mancha, Estremadura espanhola e em Portugal”, segundo o resumo do projeto citado pelo Público. O objetivo é identificar áreas com recursos naturais suficientes para a posterior reintrodução da espécie.
Portugal, através do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), vai responsabilizar-se por ações no valor de 3,6 milhões de euros a que corresponde uma comparticipação nacional de 1,4 milhões, adiantou Tito Rosa presidente do ICNB.
Até ao final de 2012, Portugal comprometeu-se a implementar um programa detalhado para a reintrodução dos animais na natureza.
Espanha iniciou em 2003 os trabalhos para trazer de volta o lince-ibérico. Passados oito anos, existem 92 animais em cativeiro cinco centros, um deles em Silves, no Algarve, 26 crias da última época de reprodução, que agora terminou.
Portugal e Espanha têm preparado os terrenos mediterrânicos para a volta dos felinos que, em estado selvagem, serão agora cerca de 200.
[Esta notícia foi sugerida por Patrícia Guedes]