Nos últimos três anos, as emissões reais ficaram abaixo dos valores estimados aquando da aprovação do programa nacional, disse Nuno Lacasta à Lusa quarta-feira, dia em que se celebraram cinco anos do Programa Nacional para as Alterações Climáticas.
A “penetração do gás natural em ‘velocidade de cruzeiro’, a penetração muito significativa de fontes de energia renovável, em particular eólica, a diminuição da intensidade energética na indústria e nas residências e serviços e por fim a penetração de biocombustíveis, que reduz o carbono nos transportes” são algumas das mudanças apontadas por Nuno Lacasta e que justificam estes resultados.
Portugal “chega a 2011 com o cumprimento da meta de Quioto assegurado, permitindo até ter ‘margem de manobra’ para acomodar a recuperação económica de que o país carece”, acrescentou.
No que diz respeito aos transportes, Lacasta considera “essencial” a criação de sistemas mais eficientes. “Portugal tem décadas de desequilíbrios financeiros por parte das empresas que prestam serviços coletivos de transportes. Esses desequilíbrios têm de ser corrigidos, sob pena de pôr em causa todo o sistema de transportes coletivos”.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]