“Crocifissione con la Madonna, San Giovanni e due angeli piangenti” é o nome da pintura que se pensava ter sido concebida por Marcello Venusti, contemporâneo do pintor renascentista. Antonio Forcellino terá sido surpreendido pela mestria artística com que a obra tinha sido pintada. “Ninguém para além de Michelangelo poderia ter pintado uma obra-prima como aquela”, disse ao The Independent o historiador de arte italiano.
A obra retrata a crucificação de Jesus, e pelas semelhanças que tinha com outras duas pinturas de Venusti foi-lhe atribuída também.
Após examinar detalhadamente a obra, servindo-se de tecnologia avançada e inra-vermelhos Forcellino diz que se vê “imediatamente” a diferença entre este trabalho e o de Venusti”.
No mês passado Forcellino encheu os títulos dos jornais internacionais, por defender a autoria do mestre renascentista num dos quadros que uma família americana guardava atrás de um sofá. No seu último livro, – “The Lost Michelangelos” – Forcellino relata a descoberta destas duas raridades.
“A figura de Cristo é claramente doutro campeonato…A modelagem era mais forte, e a pintura e expressão facial tinham uma clareza que driava a sensação de estarmos perante um artista maior”, escreve Forcellino, citado pelo “The Independent”.
A pintura estaria na posse da Campion Hall – departamento privado da comunidade jesuíta da Universidade de Oxford – tendo sido adquirida pela instituição num leilão, na década de 1930.
Brendan Callaghan, responsável pelo Hall, considera que se a teoria de Forcellino se vier a confirmar, a obra não poderá ser mantida naquele espaço. “É uma peça muito bonita, mas demasiado valiosa para ser mantida nas nossas paredes”, afirmou.