O doutoramento vai ter uma duração de quatro anos e destina-se a licenciados na área das ciências do ambiente, engenharia, urbanismo, ecologia e biologia, ou ainda para profissionais que queiram desenvolver atividade em empresas da área ambiental, da engenharia fluvial, ou em instituições da administração central.
“É sobretudo para aqueles que estiverem interessados em desenvolver e aplicar conhecimentos científicos na gestão fluvial, na requalificação ambiental e no restauro dos rios” contribuindo assim “para o desenvolvimento sustentável do país e para a conservação dos seus recursos hídricos”, explicou à Lusa o professor responsável pelo doutoramento em Restauro e Gestão Fluvial, António Pinheiro.
“A gestão dos cursos fluviais tem ganho cada vez mais importância, nomeadamente devido às alterações climáticas. Hoje temos bacias hidrográficas cada vez mais intervencionadas, e a lei-quadro da água exige-nos a recuperação da qualidade ecológica fluvial. São estas as principais motivações para a criação deste doutoramento”, acrescentou.
António Pinheiro sublinhou ainda que a criação deste doutoramento vem também contribuir para melhorar os níveis de investigação na área que, para já, ainda é insuficiente.
“A investigação nesta área é muito ativa, mas é preciso fazer mais. Existe hoje uma carência na formação de técnicos especialistas na requalificação fluvial, e por isso penso que com a abertura deste doutoramento vão haver muitos interessados, sobretudo empresas, em enviar técnicos que pretendam aperfeiçoar os seus conhecimentos”, apontou.
O Doutoramento vai ter sete disciplinas que cobrem as áreas científicas necessárias à atividade de restauro e gestão fluviais:hidráulica, hidrologia, engenharia, ecologia, química, biologia, urbanismo, sociologia e ambiente.