O presidente da Federação de Agricultores do Ribatejo, Amândio Freitas, disse aos jornalistas que a Direção Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo lhe garantiu que os produtores de tomate, afetados pelos prejuízos do mau tempo, continuam a receber os apoios comunitários com base no histórico de produção mesmo que, neste ano, não consigam atingir a produção mínima de 60 toneladas por hectare, um requisito exigido pelo despacho normativo 25/2008.
Segundo Amândio Freitas, o mau tempo dos últimos meses impediu a plantação de centenas de hectares de tomate e, noutros casos, levou à destruição das plantações já efetuadas, prevendo-se prejuízos globais na ordem dos 25 milhões de euros.
Esta redução na produção de tomate irá também pôr em causa o cumprimento da quota nacional de produção de tomate – que é de 1,05 milhões de toneladas – e impedir que o setor consiga também atingir as 60 toneladas de produção média por hectare, acrescentou o responsável da federação.
Segundo Amândio Freitas, “a direção regional demonstra estar em sintonia com os agricultores e fez um bom trabalho de casa no levantamento da situação no terreno”. Segundo o dirigente agrícola, estas declarações abrangem a maioria dos produtores afetados.
No caso dos prejuízos na vinha, que segundo a federação vão levar à perda de 60 por cento da produção deste ano, a direção regional comunicou a Amândio Freitas que não tem conhecimento oficial do problema mas comprometeu-se com a federação a fazer um levantamento das situações e a encaminhar o assunto aos serviços do ministério.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]