Rogélia e Maxime, duas tartarugas marinhas da espécie 'Caretta caretta' protegida por lei, foram devolvidas ao mar, esta quarta-feira, depois de um longo processo de reabilitação realizado no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios.
Segundo comunicado de imprensa do Centro de Quiaios enviado ao Boas Notícias, os animais foram libertados a cerca de 20 milhas náuticas do porto da Figueira da Foz, tendo sido transportados no salva-vidas 'Patrão Macatrão', da capitania local.
As tartarugas foram recolhidas por técnicos do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios (CRAM-Q), na Figueira da Foz, onde se realizaram as primeiras análises e os tratamentos para as devolver ao mar.
De acordo com o comunicado do CRAM-Q, a tartaruga Rogélia foi encontrada na baía de S. Jacinto a 22 de março de 2010. O animal apresentava infeções ocular e dérmica graves. Só ao fim de vários meses, a tartaruga recuperou peso e começou a alimentar-se sozinha.
Já a tartaruga Maxime foi encontrada por um pescador presa acidentalmente nas redes ao largo de Olhão a 23 de abril deste ano. Quando foi internada sofria de uma pneumonia que entretanto foi tratada.
Esta espécie de tartaruga encontra-se protegida por lei e está classificada como em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza, devido à redução da sua população.
As duas tartarugas serão marcadas com emissores de satélite que permitirão durante um espaço de ano e meio avaliar o sucesso da reabilitação e desvendar segredos sobre as suas rotas de migração e deslocação ao longo da costa portuguesa.
O CRAM-Q é o único centro de reabilitação de animais marinha existente no Centro de Portugal. No CRAM-Q permanecem ainda sete tartarugas marinhas recolhidas desde o início do ano, três aves marinhas e um golfinho. Este ano foram já devolvidas ao habitat natural várias aves marinhas e uma foca cinzenta.
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