“Na prática, as comunidades autónomas poderão estabelecer acordos em matéria de saúde com as suas homólogas regionais portuguesas de forma sistemática e sem ter de pedir autorização, caso a caso, como acontece atualmente”, explicou à Lusa Xoan Mao, secretário-geral do Eixo Atlântico, uma associação de municípios que integra 17 cidades do Norte de Portugal e 17 da Galiza.
Para Xoan Mao, este acordo poderá ser a solução, por exemplo, para o problema de Valença, que em finais de março fechou o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) e cujos habitantes já manifestaram vontade de se socorrerem nas Urgências de Tui, na Galiza.
Este acordo abre ainda caminho a possibilidades mais ambiciosas, como a planificação conjunta de recursos sanitários transfronteiriços e a otimização dos recursos existentes para benefício de ambas as populações.
Os custos económicos desta parceria estão a ser avaliados.
“Este trabalho é fundamental, já que a colocação em prática do acordo exige a quantificação dos custos que cada país deverá assumir pelos serviços que o outro preste à sua população, como já acontece com o caso da maternidade de Badajoz, que é a referência para as portuguesas de Elvas”, salientou Xoan Mao.