Rob Summer, um ex-jogador de basquete, ficou paralítico da cintura para baixo, há cinco anos, resultado de um acidente de carro durante o qual o outro automóvel se pôs em fuga.
No entrando, hoje em dia, Rob Summers consegue manter-se em pé durante vários minutos, assim como mexer as suas pernas, pés e dedos dos pés. O jovem readquiriu também o controlo das funções fisiológicas e sexuais.
Este avanço médico sem precedentes deve-se a um tratamento inovador, iniciado por duas universidade norte-americanas em dezembro de 2009, que se baseia na estimulação elétrica da espinha dorsal.
Há cerca de dois anos, o grupo de médicos e investigadores das universidades de Louisville, Kentucky, e da California, em Los Angeles, implantaram cirurgicamente, na zona epidural de Rob, 16 elétrodos que enviam estímulos elétricos para a espinha dorsal.
Depois, Rob foi submetido a uma fisioterapia intensiva e diária, fazendo sucessivas tentativas para se levantar, andar e mexer as pernas. Pouco tempo depois, já conseguia mexer as suas pernas e caminhar por curtos períodos de tempo. Ao fim de dois anos, conseguiu finalmente manter-se em pé, sem qualquer apoio, durante cerca de cinco minutos.
Neste momento, há mais quatro pessoas que aguardam para receber este tratamento piloto. No entanto, os investigadores avisam que nem sempre o estimulo eléctrico pode funcionar já que o sucesso do tratamento depende do tipo de paralisia.
No caso de Rob, apesar da ausência total de movimento, o jovem ainda preservava uma ligeira sensibilidade nos membros inferiores, daí o estímulo ter funcionado.
Rob, no início, nem queria acreditar, mas agora aceita o progresso. “Depois de quatro anos sem conseguir mexer, sequer, os dedos do pé, ter a liberdade de me manter em pé sozinho é uma sensação maravilhosa”, salienta o jovem citado pela BBC.
Clique AQUI para aceder ao estudo do The Lancet.
[Notícia sugerida por Alice Quintas e Patrícia André]