Maria Mayer é uma das ativistas que faz parte do grupo “Campanha pela esterilização animal”, com sede em Oeiras e com representação em vários pontos do país, que está a organizar a manifestação.
Segundo a ativista contou ao Boas Notícias, “todos os dias são abatidos cães ali, os que são entregues pelos donos são abatidos imediatamente, os que são recolhidos da rua, são abatidos ao fim de oito dias”.
Maria Mayer diz que o diálogo com a Câmara Municipal de Oeiras já dura há quatro anos. O ano passado, o grupo foi à assembleia municipal e chegou inclusivamente a reunir com o atual vereador, Ricardo Bagos.
“Depois de se informar sobre o funcionamento do canil o novo vereador deu-nos toda a razão, dizendo que não se podia sequer chamar àquilo um canil. No entanto, nada foi feito, dizem que estão a cumprir a lei e que não há outra maneira”, lamenta a ativista.
Maria Mayer acredita que há uma alternativa e que passa pelo voluntariado – uma das reivindicações do protesto.
Adopção e esterilização
O grupo espera que a manifestação permita avançar com o voluntariado dentro do canil, para que se possam encontrar donos para os animais, e pede também que o abate seja substituído pela esterilização.
Uma vez que a entrada no canil é bastante restritiva, Maria diz que “não se conhecem” as condições em que os animais vivem, o que acaba por deixar espaço para rumores, como por exemplo o de que os animais são abatidos por eletrocução.
A situação torna-se ainda mais grave, uma vez que no passado mês de março o Parlamento português aprovou, por unanimidade, o fim da política de abates de animais saudáveis em canis.
O protesto terá início pelas 15h de sábado frente à Câmara Municipal de Oeiras e está já confirmada a presença de algumas associações que defendem os direitos dos animais, como a Associação Animal, Pé ante Pata, Focinhos e Bigodes e o Grupo de Voluntários de Cascais.
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