Contudo, frisa Hélder Gonçalves em declarações ao portal Ciência Hoje, "em Portugal ninguém as quer, os hospitais não têm interesse nos equipamentos nacionais". Apenas o Hospital de Mirandela e a Maternidade de Coimbra adquiriram a máquina, com custos de manutenção mais baixos do que as concorrentes.
Devido à "falta de reconhecimento e apoio" por parte do Estado português, a empresa foi aglutinada pela multinacional israelita Tuttnauer. Mas, ressalva o empresário, "a tecnologia continua a ser portuguesa, a construção é que é feita em Israel".
Aliás, uma das cláusulas do acordo com os israelitas foi a criação da Tuttnauer Portugal, em Boticas, pelo que "será possível manter e criar mais postos de trabalho" naquela localidade. Assim, alguns componentes primários da máquina continuarão a ser fabricados em Portugal e a distribuição para Espanha, França, Itália, Alemanha, Síria e Irão também será feita a partir de Boticas.
Hélder Gonçalves adiantou que pretende "criar um centro de investigação, no concelho, em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) de Vila Real".
O empreendedor arrecadou, em 2010, o prémio Inovação Transfronteiriço à Excelência Empresarial da Confederação Empresarial de Ourense.
[Notícia sugerida pela utilizadora Raquel Baêta]