O português é o responsável pela criação de uma pequena biblioteca ambulante, instalada na carrinha que diariamente conduz pelo concelho de Proença-a-Nova. Os livros, jornais e DVDs que ali transporta são requisitados sobretudo por pessoas mais velhas, algumas de aldeias mais remotas.
“É o que eu gosto de chamar os medicamentos e as aspirinas contra a solidão e o isolamento”, declarou o bibliotecário à agência Lusa. “Há três aldeias onde só vou por causa de uma pessoa”, revelou.
Nuno Marçal está convicto que não vai vencer o prémio, por ter concorrentes de peso e porque o seu trabalho não está diretamente ligado à promoção de leitura para os mais novos: “É um orgulho enorme estar naquela lista de finalistas, mas não acredito muito que ganhe. É um estímulo para continuar a fazer o meu trabalho aqui na promoção da leitura”.
Licenciado em Sociologia e com uma pós-graduação em Ciência Documentais, Nuno Marçal já foi premiado em Espanha pela Associação de Profissionais de Bibliotecas Móveis.
Em agosto estará em Turku, Finlândia, Capital Europeia da Cultura, para falar do assunto a convite de um festival que celebra os 50 anos da existência de bibliomóveis no país.
[Notícia sugerida pelo utilizador Fernando Pereira]