Os dados são avançados pelo jornal Público que teve acesso ao relatório sobre o impacto dos três anos de legislação antitabagista que foi entregue esta semana na Assembleia da República.De acordo com o realtório, 94% das pessoas inquiridas no âmbito deste relatório de acompanhamento consideram que esta lei protege a saúde e a maior parte é a favor da proibição do fumo em locais públicos fechados.
O grupo de trabalho que estudou esta questão concluiu que, em 2009, o número de episódios de internamentos por doença isquémica cardíaca diminuiu pela primeira vez em 16 anos e que decresceu também a taxa de internamento por doença pulmonar obstrutiva crónica.
Apesar de os diversos estudos efectuados “não serem conclusivos”, verificou-se “uma diminuição sustentada do consumo de tabaco no 6º e 8º anos de escolaridade” e um dos trabalhos aponta para um decréscimo de consumo da ordem dos 5%.
“Verificaram-se ganhos em todos os domínios e a lei foi socialmente aceite e aplaudida”, sintetizou ao jornal PÚBLICO Francisco George, da Direção Geral de Saúde, notando que o relatório descreve “os pontos mais fortes e mais debéis da lei”.
“Há pareceres de sinal contrário, mas uma eventual alteração da lei fica nas mãos dos deputados, que têm essa competência exclusiva”, frisa.