Em declarações à agência Lusa, Carlos Oliveira afirmou que na zona centro a incidência deste tipo de cancro é de 8,5 casos em cada 100 mil mulheres por ano, um número que é já mais baixo do que a média europeia (que se situa entre os nove e os 9,5 casos).
“O nível nacional está também já próximo da média europeia”, disse, acrescentando que na origem desta diminuição do número de casos deste tipo de cancro está “o rastreio”.
Segundo Carlos Oliveira, a vacina contra a infeção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV), que faz parte do plano nacional de vacinação, “ainda não teve tempo de ter impacto”.
Com o rastreio, disse, “baixa o número da incidência do cancro do colo do útero, mas não baixa o do cancro na mama, apenas o permite detetar de forma precoce, tornando mais de 80% dos casos curáveis”.
Relativamente aos casos de cancro do endométrio e do ovário, “as cifras estão estáveis”, disse Carlos Oliveira, referindo que relativamente ao primeiro a incidência “já ultrapassou a do colo do útero, estando nos 10 novos casos em cada 100 mil/ano”, enquanto no segundo a ocorrência é “mais baixa, situando-se entre cinco a seis casos por 100 mil por ano”.
A “evolução na incidência e mortalidade do cancro ginecológico e da mama em Portugal” estará em debate no sábado, pelas 16h30, no âmbito do 19.º congresso Português de Obstetrícia e Ginecologia, que decorrerá a partir de quarta-feira no Porto.