O dirigente admitiu que o programa “Chave de Afetos” foi decidido, ou pelo menos acelerado, devido à sucessão de casos de idosos solitários encontrados mortos em casa um pouco por todo o país.
“Este projeto tem, um bocadinho, essa origem. A Santa Casa da Misericórdia não se poderia manter insensível a essa situação”, afirmou, sublinhando a “grande presença” que a instituição já tem nas áreas da gerontologia e da geriatria, a nível dos lares e serviços de cuidados continuados.
O provedor disse que o programa beneficiará, numa fase piloto, 50 idosos da Zona Histórica do Porto (freguesias da Sé, São Nicolau, Vitória e Miragaia) e da área central portuense (freguesia de Cedofeita).
“Nesta primeira fase, não temos condições para abranger mais do que 50 idosos. Mas é possível que, numa segunda fase, venhamos a alargar o âmbito do projeto, se justificar e se não houver outra resposta”, adiantou António Tavares.
De acordo com o provedor, o programa envolverá um serviço de tele-assistência, “que há de responder a um apelo ou a uma necessidade”, o serviço de apoio domiciliário da Misericórdia, “que fará o acompanhamento um bocadinho mais em cima destes idosos”, e o corpo de voluntários da Misericórdia “Manto Azul”.