Mesmo no contexto nacional, esta Unidade de Robótica vai reunir novas competências necessárias para dar resposta às necessidades da economia do mar (segurança marítima, indústria naval, náutica de recreio e pesca, conservação e transformação do pescado) e para desenvolver I&D com aplicação nas tecnologias de produção automatizadas para o mercado dos equipamentos industriais.
Em declarações à Lusa, Vladimir Miranda, diretor do INESC, congratulou-se com este exemplo de “união” que as duas instituições estão a dar ao país. “Ao constituirmos este acordo, uma ponte entre o sistema politécnico e universitário, queremos dar exemplo de que a união de forças e a cooperação valem muito mais do que discussões estéreis sobre o ‘pedigree’ de cada um”, sustentou.
“Quer o INESC quer o ISEP tem desenvolvido atividades nomeadamente na área da robótica, actividades, essas, que, sendo complementares, serão potenciadas por um grupo que será agora muito maior e terá agora capacidade significativamente superior”, referiu o presidente do ISEP, João Rocha.
Na cerimónia de assinatura do acordo entre as duas entidades estiveram expostos vários projetos e protótipos na área da robótica. Entre eles, estava o “TRIMARES”, um submarino robô capaz de inspecionar estruturas de barragens e o assoreamento das bacias com grau de precisão na ordem dos centímetros e em tempo real.
Este submarino robô, de tecnologia INESC Porto, vai ser utilizado no primeiro trabalho conjunto de consultoria internacional que o novo grupo de robótica se prepara para executar no Brasil.
“O projeto não se extingue no robô, um dos objetivos passa precisamente pela criação de uma empresa spin-off para prestar esses serviços de inspeção e verificação de estruturas de barragens e rios”, sustentou Vladimiro Miranda.