mas mais de metade da população não gosta do padrão de vida. Estes são
apenas alguns dos dados revelados pelo Relatório de Desenvolvimento
Humano das Nações Unidas
divulgado esta quinta-feira.
De acordo com a Lusa, a ONU avaliou a situação de 169 países no que toca ao bem-estar das populações. Portugal mantém-se no grupo dos países de “desenvolvimento humano muito elevado”, em 40.º lugar do ranking, o que representa uma descida de seis lugares em relação ao ano passado.
Os portugueses consideram-se mais ou menos bem “com a vida em geral”: numa escala de zero a dez posicionam-se em 5,7. Numa análise por itens, percebe-se que o problema passa pelo “padrão de vida”, já que 90% dizem-se satisfeitos com o emprego e 80% com a saúde pessoal. No entanto, apenas 47% se considera satisfeito com o “padrão de vida”.
Ainda no universo do trabalho, 18,5% dos trabalhadores têm empregos vulneráveis, ou seja, estão “envolvidos em trabalho familiar não pago e trabalho por conta própria”.
Os números de 2008, que são aqueles que integram o relatório, mostram que 55,7% da população entre os 15 e os 61 anos estava empregada, sendo a situação mais problemática para as pessoas com mais qualificações académicas.
Nesse ano, 8%das pessoas com ensino primário ou inferior estavam desempregadas contra 15,6% de pessoas com ensino secundário ou superior.
Comparando com a Noruega, que ocupa o primeiro lugar do ranking, os desempregados com menos estudos são cerca de 6% contra 3% de desempregados com ensino secundário ou superior.
Segundo a tabela sobre bem-estar cívico e comunitário, sete em cada cem pessoas foram assaltadas em Portugal, mais do dobro do relatado pelos noruegueses (três por cento), país que surge em primeiro lugar no ranking mundial. Sobre a sensação de segurança, seis em cada dez portugueses diz sentir-se seguro.
Ainda no que toca aos elementos de felicidade, 92% dos portugueses dizem ter objetivos de vida e 93% considera-se tratado com respeito.